Talvez!
Talvez não percebas meu silêncio
nem escutes meus gritos ao longe
em áridos desertos no coração da África
Talvez de teu pão não me sobre migalhas
e, tu não percebas minha ausência
Talvez o meu corpo raquítico
não faça diferença
nem tenha semelhança
com teu rosto indiferente
Talvez a fome chupe nossos ossos
na mesma solidão e incertezas
Talvez sejamos espelhos
onde o que se vê
é apenas o reflexo do egoísmo
Talvez sejamos o próprio egoísmo
refletidos nos olhos calmos
de almas desumanas que pregam
(e, apenas pregam)
a igualdade entre os povos
Talvez sejamos juntos
explorador e explorado
nem escutes meus gritos ao longe
em áridos desertos no coração da África
Talvez de teu pão não me sobre migalhas
e, tu não percebas minha ausência
Talvez o meu corpo raquítico
não faça diferença
nem tenha semelhança
com teu rosto indiferente
Talvez a fome chupe nossos ossos
na mesma solidão e incertezas
Talvez sejamos espelhos
onde o que se vê
é apenas o reflexo do egoísmo
Talvez sejamos o próprio egoísmo
refletidos nos olhos calmos
de almas desumanas que pregam
(e, apenas pregam)
a igualdade entre os povos
Talvez sejamos juntos
explorador e explorado
num gladiar certeiro ante a morte.
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